quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Natale Hilare Et Annum Faustum


                                                Nascimento de Jesus, Arte Bizantina






Feliz Natal caros leitores,

O fim de ano chegou e com ele o Natal, este blogueiro aqui irá sair de férias, mas em breve retornará a publicação ativa e semanal deste blog.
Neste advento eu compartilho deste seguinte pensamento:


Adoração dos magos, Gil Vicente



"A única pessoa realmente cega na época de Natal é aquela que não têm o Natal em seu coração." (Helen Keller)

Espero que as pessoas comecem a pensar sobre esta época tão especial, assim como eu.


E o que eu desejo a todos é felicidades é


Nataele Hilare Et Annum Faustum!
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sexta-feira, 13 de novembro de 2009

O Nascimento do Purgatório - Jacques Le Goff


                        Foto: A Ascenção para o Paraíso Celestial, Hieronymus Bosch.

Olá leitores deste blog, queria hoje eu compartilhar um pouco com vocês de um livro que eu estou lendo, trata-se do "O Nascimento do Purgatório" do historiador medievalista francês do século XX, Jacques Le Goff, membro da chamada "Escola dos Annales", esta que certamente voltarei aqui para falar mais sobre.

                               Foto: Jacques Le Goff em sua casa.

Le Goff, inspirado em Lucien Febvre e Marc Bloch(também medievalistas), criadores da chamada "Escola dos Annales", queria buscar um novo conceito para a História, e foi o que ele chamou de Nova História; Essa tinha como objetivo mudar de vez o conceito de História que "vigorava" até então que era a "Escola Metódica", chamada também de Positivista, onde se colocava a História como estudo do tempo passado.
Através desta perspectiva de Nova História, Le Goff escreveu vários livros sobre a Idade Média, com o objetivo de acabar com a visão Metódica, influenciada pelo Iluminismo, de que o período Medievo foi um período de Trevas e Ignorância em que viveu o mundo e a sociedade. E um desta série de livros se encontra "O Nascimento do Purgatório" que é o que veremos hoje nesta postagem.
Le Goff, abre o livro com duas frases de suma importância que - em si - "resumirá" a sua obra:


"O Purgatório, que grande coisa!" - Santa Catarina de Gênova
"O Purgatório ultrapassa em poesia o céu e o inferno, porquanto representa um futuro que falta aos dois primeiros" - Chateaubriand


Com isso Le Goff, lembra de início que o Purgatório em si sempre existiu, vai inclusive buscar provas disso na Bíblia e nos povos da Mesopotâmia e aponta a necessidade da cristandade em ter o Purgatório consolidado na Idade Média para encontrar a salvação eterna. Para concluir esta pequena apresentação do livro, vou deixar que o Grande Le Goff resuma em suas palavras o mesmo:


"Desde sempre os cristãos acreditaram,  de um modo confuso, na possibilidade de remir certos pecados depois da morte. Mas, no sistema dualista do além, entre Inferno e Paraíso, não havia lugar para o cumprimento das penas do Purgatório. Foi preciso esperar pelo  fim do século XII para que surgisse a palavra Purgatório, para que o Purgatório se tornasse um terceiro lugar do além numa nova geografia do outro mundo. Foi em Paris, no ultimo terço do século XII, na escola episcopal de Notre-Dame, em contato com a escolástica emergente liderada por São Thomas de Aquino e com o pensamento cisterciense, que surgiu a nova forma de crença. Ela situa-se numa "revolução" mental e social que substitui os sistemas dualistas por sistemas que fazem intervir a noção de intermediário e que esquematizam a vida espiritual. Esse Purgatório é também o triunfo do julgamento individual no seio de novas relações entre vivos e os mortos.
A inserção durante muito tempo lenta e aleatória de um além intermediário entre o Inferno e o Paraíso, depois do seu desabrochar como elemento capital da nova sociedade e da nova ideologia que se colocam no limiar do mundo moderno ocidental por volta do século XIII, é um dos grandes episódios da história espiritual e social do Ocidente." - Jacques Le Goff


Espero que gostem da postagem, logo voltarei aqui para maiores assuntos sobre o Medievo e suas tradições, e por fim recomendo a vocês que tiverem maiores interesses sobre a Idade Média, visitarem o blog do meu amigo Luiz Fernando, o Lúdico Medieval.
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quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Aristóteles - Filósofo por excelência (Parte I)

Nada mais justo do que começar este blog dialogando do ser que inspirou este blogueiro a criar o mesmo, Aristóteles;


   Foto: Busto de Aristóteles

Aristóteles
 nasceu numa região da Grécia antiga chamada Calcídica no ano de 384 a.C, discípulo do sábio Platão (veremos este a posteriori neste blog ) , sua principal contribuição no âmbito da Filosofia está no pensar lógico; o que seria este pensar lógico para Aristóteles?
Foto: Aristóteles lecionando Alexandre, o Grande.

Aristóteles
 coloca a lógica como base para todas as ciências e diz que isto é baseado em silogismo - argumentação lógica perfeita - este tem então como começo a dedução da idéia universal partindo para indução, que seria o contrário desta dedução. A partir disto se for "verdadeiramente" lógica as premissas, a conclusão também será. Podemos citar o clássico exemplo do silogismo:


"Todo homem é mortal.
    Sócrates é homem.
        Logo, Sócrates é mortal."

Podemos dizer então que a primeira frase é a premissa maior, a segunda como a menor, e a terceira a conclusão disto tudo.
Eis então que este blogueiro deixa uma questão levantada para vocês leitores, teria Hegel sido um leitor assíduo de Aristóteles na hora de criar a sua tão famosa dialética?

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Info

Espaço para discussão ludica ou não em torno de assuntos históricos e filosóficos.

Pensamento do Dia

" O orgulho é a fonte de todas as fraqueza, por que é a fonte de todos os vicios." Santo Agostinho

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